40ª Feira do Livro de Pelotas chega ao final e marca o início de uma nova etapa

O Patrono André Macedo acabou de percorrer a Praça Coronel Pedro Osório e tocar o sino, marcando o encerramento da 40ª Feira do Livro de Pelotas.

Podemos dizer, com toda a certeza, que o sentimento que temos hoje não é de um final - e sim do início de uma nova etapa para a Feira do Livro da nossa cidade.

Essa história começa agora. À todos vocês, que nesses 19 dias ajudaram a construir e fizeram parte de tudo isso: NOSSO MUITO OBRIGADO! E até breve!

Conselho Regional de Química marca presença na Feira

Você sabia que por trás da confecção de um perfume, batom ou shampoo tem um profissional da Química? E que por trás dos vinhos e cervejas também? São muitos os produtos que usamos no nosso dia-a-dia que envolve materiais químicos. Por isso deve-se ter um controle rigoroso sobre as empresas e os profissionais que os produzem.

O Conselho Regional de Química da 5ª Região (CRQ-V) cumpre esse papel. Ele promove, registra e fiscaliza a atividade profissional dos químicos e das empresas da área de acordo com a lei 2.800/1956. Hoje, Pelotas tem a sua própria delegacia do CRQ-V, localizada na Rua Andrade Neves, e durante as duas semanas de Feira, divulgou suas atividades para a sociedade.

Com o projeto CRQ na Feira e uma parceria com o Instituto Federal Sul-rio-grandense campus Pelotas (IFSul), 26 alunos do curso Técnico em Química e dos cursos Tecnólogo em Saneamento Ambiental e Gestão Ambiental distribuíram materiais informativos aos visitantes que passaram pelo estande.

O Conselheiro Sérgio Pereira afirma que Pelotas possui muitos profissionais da química e que o objetivo do estande na Feira é alertar as pessoas sobre a importância da atuação do CRQ. Sobre a parceria com IFSul, Sérgio disse que a experiência só tem a acrescentar na formação dos estudantes. “Os alunos interagiram com a sociedade e com os profissionais, e isso deu a oportunidade deles começarem a despertar para as diversas áreas que a química oferece”, comentou.

O aluno Gabriel Lopes do curso Técnico em Química gostou muito de participar do projeto. “Foi legal para conhecer mais a área da química, pessoas que trabalham há bastante tempo e outros estudantes também”, disse.

Além do trabalho de conscientização sobre a regularização das empresas e profissionais da Química, o CRQ-V também sorteou alguns livros entre os visitantes que pararam para conhecer o estande. Cada pessoa recebia um cupom para preencher e concorrer a publicações como Os Botões de Napoleão e Tudo é Óbvio.

Texto: Luiza Katrein

Noite para entrar para história da Feira do Livro de Pelotas

“A gente tem dificuldade com o riso”, disse Fabrício Carpinejar. Se for verdade, esse obstáculo foi vencido após a 3ª Caravana de Escritores da 40ª Feira do Livro de Pelotas com a presença dos também escritores Xico Sá e Paulo Scott. Carpinejar talvez tenha percebido e classificado, antes da plateia, o clima do debate, quando disse que eles tinham uma atmosfera circense.

Foi em clima de conversa de bar que o bate-papo sobre literatura aconteceu na Tenda Cultural João Simões Lopes Neto. Mediados pelo jornalista Pablo Rodrigues, os três escritores falaram sobre o que mais inspira seus textos: as mulheres e tudo o que envolve relacionamentos amorosos. “Comecei muito a partir das minhas próprias desgraças”, declarou Xico Sá. Ele contou que a maior fonte para suas crônicas são, além da gastronomia, as mulheres com quem ele se relacionou ao longo da vida.

A atenção das mulheres também foi o impulso para o romancista Paulo Scott. “Eu era uma criança muito tímida. Começar a escrever era uma forma de chegar naquelas menininhas da escola que me aterrorizavam. Escrever aquelas cartas era muito bacana, embora eu não tenha entregado nenhuma”, confessou o escritor, que há dez anos publica poemas em um blog. O sexo feminino foi tão comentado durante a caravana que Scott chegou a citar a escritora pelotense Angélica Freitas como uma das melhores poetas do país.

“Eu era tão sozinho na infância que se aparecesse um fantasma pra falar comigo eu não ficaria com medo, eu conversaria com ele. E isso é muito importante para o escritor, o quanto ele trabalha com a solidão”, disse Carpinejar. A instrospectividade faz parte do processo criativo dos três. Sá acredita no mergulho filosófico que cada autor precisa fazer antes de escrever e Scott, o romancista, levou quatro anos para finalizar o seu último livro, dividindo-o apenas com quatro mulheres durante o processo.

A conversa foi tão espontânea, livre de formalidades e íntima entre os convidados que foi difícil perceber quando eles falavam sério ou não. Mas nem por isso deixou de ser menos interessante. “Nós sabemos o peso das palavras, o quanto ela é necessária, de repente a gente pode ter essa atmosfera circense, mas a gente sabe quais são as palavras essenciais, o quanto a gente precisa desconfiar das aparências”, disse Carpinejar. No final da noite, as aparências deram lugar para as palavras, e para o riso. E o que era para ser um bate-papo se transformou em um espetáculo, que certamente já entrou para a história da Feira do Livro de Pelotas.

Texto: Luiza Katrein e Pâmela Morales

Transmissão ao vivo

Acompanhe a transmissão ao vivo da terceira e última Caravana de Escritores. Os escritores Xico Sá, Paulo Scott e Fabrício Carpinejar estarão no palco da Tenda Cultural João Simões Lopes Neto, para um bate-papo com o público.

A Rádio Coruja, parceira nessa edição do evento, já está em tempo real direto do local onde será realizado o encontro. O tema é Divã Literário e a meadição será feita pelo jornalista Pablo Rodrigues. Se ainda der tempo, venha para Praça Coronel Pedro Osório prestigiar os últimos dias da Feira e os renomados escritores que estão engrandecendo o evento cultural que tem o livro como protagonista.

Carrinho de Feira

É verdade que muita gente gosta de ir até a Feira do Livro para procurar boas promoções. Encontrar aquele livro que está querendo ler há tempos num preço camarada é uma das expectativas dos visitantes. E é pensando nisso que as livrarias colocam descontos em várias publicações.

Algumas bancas dão desconto nos livros pockets das editoras Companhia das Letras e L&PM. Até dois exemplares tem 15% de desconto, três ou mais tem 20%. A coleção Obra Prima, da editora Martin Claret também tem desconto de acordo com o número e exemplares comprados. Os sorteios também são comuns na feira. As livrarias dão, na compra de um livro de qualquer valor, um cupom para o leitor preencher e concorrer a uma cesta de livros.

Existem bancas com 50% de desconto em livros da área do direito e saúde, e vários por R$ 9,90. A estudante Marcela Simões comprou o guia não oficial da série Glee para dar de presente a uma amiga. “Como o livro é pra minha melhor amiga, compraria de qualquer jeito, mas a promoção me possibilita comprar outros livros na feira”, disse.

Os clássicos estão em destaque nessa 40ª Feira. A Coleção Clássicos, da editora Abril, está fazendo sucesso entre os visitantes e várias livrarias a vendem. Agora quem quiser conhecer a literatura inglesa de Jane Austen ou as aventuras de Dom Quixote de La Mancha pode fazer isso por R$ 15,00. “Sai bastante, alguns autores acabaram nos primeiros dias de feira, aí a gente tem que repor. É importante fazer essas promoções pra facilitar o acesso dos livros às pessoas”, diz Sheila Meira, da Cia dos Livros.

As promoções e os descontos tornam os livros mais acessíveis para os leitores, fazendo com que o público da feira possa se diversificar e a literatura, aos poucos, seja para todas.


Texto: Luiza Katrein

Caravana de Escritores promete movimentar a Feira do Livro

Hoje, às 20h, a 40ª Feira do Livro de Pelotas recebe a terceira e última Caravana de Escritores. Os escritores Xico Sá, Paulo Scott e Fabrício Carpinejar estarão no palco da Tenda Cultural João Simões Lopes Neto, para um bate-papo com o público. O tema é Divã Literário e a medição será feita pelo jornalista Pablo Rodrigues.

Chegue cego para garantir o seu lugar e não ficar de fora dessa!

Conheça os escritores

Xico Sá – Jornalista e escritor cearense começou sua carreira em Recife. Autor de 10 livros, incluindo “Chabadabadá – As Aventuras do Macho Perdido e da Fêmea que se Acha”, e co-autor de mais outros 10, já participou do programa Cartão Verde, da TV Cultura, e atualmente participa do programa Saia Justa, do canal GNT. Já colaborou com os jornais Diário de Pernambuco, Diário do Nordeste, O Tempo, de Belo Horizonte e Correio da e é colunista da Folha de São Paulo.


Paulo Scott – Gaúcho formado em Direito pela PUC-RS e mestre em Direito Público pela UFRGS. Tem dois romances, um livro de contos e quatro livros de poemas publicados, um texto para teatro “Crucial Dois Um”, que recebeu o prêmio Funarte em 2006.


Fabrício Carpinejar – Natural de Caxias do Sul, o poeta, escritor, jornalista formado pela UFRGS e professor universitário é famoso também pelos blogs nos quais escreve há anos. Tem 19 livros publicados e foi agraciado por muitos prêmios, como o “Prêmio Nacional Olavo Bilac” da Academia Brasileira de Letras no ano de 2003.

Histórias através de imagens

Provavelmente você já viu essa foto. Mas sabe da história dela?

Ela foi tirada quando foi anunciado o final da Segunda Guerra Mundial. Ao saber da notícia, um marinheiro americano beijou esta mulher, que passava pelo local. O momento foi imortalizado por um fotógrafo e assim nasceu uma das fotografias mais famosas de celebração pós-guerra.

E você, também quer saber como contar uma história através de uma imagem? Hoje, às 20h, os fotógrafos Nauro Júnior, Paulo Rossi e Moizes Vasconcellos estarão no palco da Tenda Cultural João Simões Lopes para falar sobre este assunto. Imperdível!

Livros usados são uma opção na Feira

Um livro não precisa ter necessariamente uma vida curta, ele pode levar conhecimento para diversas pessoas durante muito tempo.  No Japão, por exemplo, se tem o costume de deixar o mangá no metrô para a próxima pessoa leia. Aqui em Pelotas essa pratica também já foi adotada no ano passado. Livros foram deixados em diversos pontos da cidade, como ônibus, bancos de praças, cafés, tudo para incentivar a leitura e levar conhecimento para qualquer pessoa, em qualquer lugar.

Essa prática de passar o livro ao próximo também se estende aos sebos. Mas porque comprar um livro em um sebo ao invés de optar por um novo, em livraria? Nos sebos, os livros possuem marcas, registros involuntários de quem os leu. Têm riscos, nomes e grifos. E você também encontra edições autografadas, exclusivas e até mesmo esgotadas, sem falar nos preços, que são ótimos.

Aqui na Feira do Livro, além das livrarias você também encontra um pouco dessa magia dos sebos. “Minha biblioteca é metade sebo e metade livraria. Procuro geralmente as edições esgotadas, que não tem como encomendar mais na livraria, aí se estiver em bom estado eu compro”, contou Teresa Schimidt, de Rio Grande, que veio visitar a feira nesse feriado.

Já a uruguaia Adriana Alves confessou que compra nos sebos porque é mais barato e ela lê muito rápido. “Eu leio muito rápido, opto pelos sebos por causa disso. Não tem porque pagar muito mais caro em um livro se logo depois já vou querer ler outro”, contou.

Texto: Pâmela Morales

Feira para todos os públicos

Se você é do tipo de pessoa que gosta de abrir um livro e ler uma mensagem diferente a cada dia, ou apenas está procurando uma palavra, algo que dê mais segurança na sua vida, talvez os livros de auto-ajuda ou religiosos sejam os certos para você.

Segundo a Presidente da Câmera Pelotense do Livro, Isabel Zschornack, a auto-ajuda seria a melhor classificação para esses livros, que apontam os ensinamentos de Cristo como resposta para as angústias humanas. “Hoje as pessoas precisam de algo que dê mais segurança, e a religião traz isso. Muitas delas encontram nos livros palavras de superação para os seus problemas”, falou.

Pesquisas apontam que a religião é o segmento que mais cresceu entre 2009 e 2010, a ponto de figurarem em listas à parte dos demais gêneros. Em 2010, foram vendidos no país 437,9 milhões de livros, sendo 202,6 milhões didáticos e 74 milhões religiosos. No entanto, quando se compara a variação entre 2009 e 2010 em total de exemplares vendidos, os religiosos ganham (aumento de 17,3% contra 15,42% dos didáticos).

De acordo com Isabel, normalmente quem consome os livros são pessoas cristãs ou que tenham alguma ligação com alguma igreja, mas não necessariamente de uma religião só. "A procura parte de várias religiões”, contou.

A Presidente também contou que está muito contente com a procura pelos livros na Feira este ano. “Temos tido bastante procura, muitas pessoas compram livros para dar de presente, geralmente a Bíblia”, contou, e deixou a dica para quem tem interesse pelo tema, masnão sabe por onde começar. "O livro mais vendido até agora é 5 minutos com Jesus,  trata de uma mensagem para cada dia do ano”, disse.


Texto: Pâmela Morales

Coleção de Memórias

Foto: Pâmela Morales

A gente nunca esquece um livro que leu. Mesmo com o passar dos anos, com outros livros lidos depois, as histórias ficam guardadas na nossa memória.

As amigas Lia Duarte e Vilma Vianna, do Centro Literário Pelotense (CLIP), não só pensam assim como também encontram na Feira do Livro um momento para revisitar as leituras já feitas. “Estamos gozando o prazer de ver os livros que já lemos e os que ainda vamos ler”, conta Lia. No balaio de uma das livrarias, olhavam a coleção Obra Prima de cada Autor, da editora Martin Claret.

Na sacola, tinham a publicação anual do CLIP em que coletam poesias de vários autores pelotenses. Essas poesias foram lidas no palco do Café Cultural da Feira por elas, que ficaram surpresas com a intervenção de um menino, que pediu para ler uma também. “Ele com certeza vai ser um escritor”, projetam.

Segunda elas, é só na Feira do Livro que têm essa oportunidade de riqueza literária. “Aqui nós temos liberdade para ver os livros com calma, podemos pegar e folhear antes de escolher um”, diz Vilma. “Não se tem mais livrarias com mesas e café para gente sentar e aproveitar, hoje nós temos que chegar com o nome do livro em mãos”, conta Lia.

Depois de relembrarem O Vermelho e o Negro, de Stendhal, Vilma comprou Rubaiyat, de Omar Khayyam. Agora elas terão novas poesias pra recitar no palco e mais um livro para revisitar na Feira do ano que vem.

Texto: Luiza Katrein

Sustentabilidade também é assunto na Feira do Livro

Você sabia que 60% do lixo de Pelotas é transportado para Candiota? Que isso tem um custo enorme para a Princesa do Sul, e que poderia estar sendo transformado em adubo aqui mesmo? Poucas pessoas sabem, mas através da Minhocultura, que está sendo desenvolvida no Estande da Embrapa Clima Temperado hoje, isso é possível.

Na experiência, o agrônomo Dennis Jahnke mostrou como esterco de vaca é transformado em adubo. “Primeiro o esterco é preparado de 20 a 40 dias, não existe um número exato, depende da temperatura e do quão decomposto já está para receber a minhoca. Após colocá-la, a minhoca vai produzir húmus que transformará o esterco em adubo. E esse processo também pode ser feito com erva mate, e com o lixo”, explicou.

O processo encantou crianças de diversas escolas que estavam visitando a Feira, e que pararam para ter mais contato com as minhocas e o meio ambiente. ”As crianças adoraram, e isso é fantástico. É muito satisfatório ver que elas se interessaram por um assunto que eu não achava que seria do interesse delas”, contou o agrônomo com um sorriso no rosto.

Texto: Pâmela Morales

Uma viagem sem sair do lugar

Ao começar a ler um livro é impossível não se envolver. Quando entramos de cabeça na história fazemos uma viagem que nos transporta para os lugares mais diferentes e nos causa as mais incríveis sensações. Com o cinema não é muito diferente.

Até domingo, o principal personagem da Praça Coronel Pedro Osório segue sendo o livro, mas um coadjuvante também está presente na Feira. Uma pequena sala de cinema 6D, localizada em uma das alamedas que liga ao centro da praça (próximo ao Mercado Público), está atraindo pessoas de todas as idades.

São oito filmes que podem ser escolhidos pelo público: Trem fantasma, Mina do tesouro, Guerra nas estrelas, Jurassic Park, Mundo submarino, Fábrica de chocolate, Trenó do Papai Noel e Viagem ao Centro da Terra. A sala de cinema móvel, com seis poltronas, fornece ao espectador uma viajem com muita aventura e adrenalina.

Os efeitos especiais adaptados ao sistema de animações de curta duração, de 5 a 6 minutos, além dos efeitos de luzes e som acústico, envolvem e remetem as seis dimensões. Rogério Krüger, um dos proprietários, conta sensações como água, vento e aromas podem ser experimentadas e fazem com que as pessoas se transportem para dentro das cenas.

Do lado de dentro, uma câmera filma os espectadores e a imagem é transmitida pelo lado de fora, para os curiosos que quiserem acompanhar as reações do público. Mas para saber de verdade, só assistindo e embarcando nessa viagem!

O quê: Cinema 6D na Feira do Livro
Quando: Todos os dias, das 14h às 22h.
Quanto: O valor do ingresso é R$ 5,00.

Embrapa lança livro sobre comunicação para o desenvolvimento

A Embrapa Clima Temperado lança hoje o livro "Comunicação para o Desenvolvimento", resultado de evento sob o mesmo título, realizado na Unidade de Pelotas, em abril de 2011. O livro segue o roteiro do evento e abre com a discussão sobre os desafios contemporâneos sobre a temática da comunicação para o desenvolvimento e com uma provocativa conferência de Juan Bordenave, sobre os novos desafios que a área enfrenta, o que mostra a evolução do pensamento deste que é considerado um dos mais importantes autores sobre o assunto no mundo.

A academia é representada pela reflexão constante sugerida pela professora e pesquisadora Sandra Massoni, da Argentina, ao mostrar como as teorias funcionam na perspectiva da comunicação estratégica. O histórico da pesquisa em comunicação para o desenvolvimento é a temática de outro argentino, Gustavo Cimadevilla. A realidade da pesquisa no país sede é o destaque da palestra de Antonio Heberlê. Seguem-se as apresentações dos modelos institucionais do Uruguai, da Argentina, do Paraguai e do Brasil, bem como as apresentações dos relatos das Unidades da Embrapa: Pecuária Sul (Bagé); Trigo (Passo Fundo); Clima Temperado(Pelotas) e Informação Tecnológica (Brasília).

Para os organizadores, Antonio Heberlê, Bárbara Cosenza e Felipe Soares, o livro é uma espécie de mapa atual sobre comunicação para o desenvolvimento na ótica da pesquisa agropecuária do Cone Sul. Mostra, inclusive, o pensamento que dominava antes do episódio que depôs o Governo do Paraguai, conforme a descrição de Juan Bordenave, o que se constitui em registro histórico, sobre o momento em que acontecem radicais câmbios políticos na região.

O lançamento acontece às 18h, na Tenda dos Autógrafos.

Literatura para os pequenos

Foto: Luiza Katrein

“Mãe, mãe, mãe, olha esse!”. É assim que a menina Julia Bicca estava, entre tantos livros, tentando decidir qual levar pra casa.

Nas mãos da mãe Andréia, um livro sobre o corpo humano e outro sobre carrossel. “A Julia gosta

muito de livros que expliquem como funcionam as coisas”. Normal para uma criança de sete anos que está começando a conhecer o mundo.

Das voltas de um carrossel às descobertas do corpo humano, Julia, a cada página, se aproxima de uma imaginação que só a literatura pode proporcionar.

Texto: Luiza Katrein

Biografias de músicos são as mais procuradas na Feira do Livro

A vida do empresário americano Steve Jobs e a do ídolo brasileiro Ayrton Senna foram bem diferentes.
Já a dos roqueiros Mick Jagger e John Lennon podem parecer mais semelhantes. Mas não há duvidas que todos deixaram sua marca na história, cada um de sua forma. E quem não saber saber um pouco mais sobre eles, além do que a mídia já mostrou?

As biografias são boas opções para quem quer conhecer mais a fundo uma personalidade. Elas revelam a trajetória, intimidade, traumas, manias, conflitos e loucuras de músicos, atores, gênios, campeões e todo o tipo de pessoa pública.


Autorizadas ou não-autorizadas, elas são provavelmente a melhor fonte de informações reunidas sobre uma mesma pessoa e a melhor maneira de conhecer mais a história de alguém. As biografias têm o poder de nos fazer admirar ainda mais uma pessoa, ou até fazer a gente desgostar dela.

Nesta, como em outras edições da Feira do Livro, elas são muito vendidas. Neste ano, os livreiros comentam que entre as mais procuradas estão a biografia de Kurt Cobain (Heavier than heaven) e a do guitarrista Slash.

Lições para os pequenos

É desde cedo que se aprende a cuidar do nosso Planeta.
Durante a tarde de hoje foi realizada mais uma atividade de Educação Ambiental no estande da Embrapa, na Feira do Livro

Dessa vez foram os alunos da Escola Estadual Augusto Simões Lopes que participaram da Hora do Conto. O livro "A viagem das sementes" foi lido pela pesquisadora do Comitê Local de Gestão Ambiental da Embrapa Clima Temperado, Lilian Sosinski.

Texto: Pâmela Morales

O professor poeta

Dizem que advogado é sujeito sério demais. Em meio a processos, normas e prazos não sobra tempo para apreciar uma boa leitura, muito menos para escrever.

Mas o professor de Direito da UFPel, Francisco de Paula Bermúdez Guedes, não só lançou o seu terceiro livro na Feira, como também tem participado de todas as atividades literárias da Tenda Cultural João Simões Lopes Neto.

“Estou gostando muito, principalmente dos debates. Me surpreendeu a literatura daqueles jovens”, diz Guedes, a respeito da literatura fantástica de Carolina Munhoz e Raphael Draccon. “Essa é uma literatura  diferente, e eu ainda não consegui enquadrá-la nas escolas literárias, pois temos grandes nomes como Gabriel Garcia Marquez e Edgar Allan Poe, mas não é por aí que eles seguem”, comenta.

Por trás dos dogmas jurídicos há também um poeta, que pode ser conhecido na publicação Achados da Noite. Poesia é, inclusive, a sua sugestão para as próximas feiras. “Precisa ter mais. Em Pelotas há excelentes poetas espalhados”.

Se todos os advogados são iguais, o professor Guedes é a prova de que a vida pode ser levada de uma maneira menos “strictu sensu”.

Texto: Luiza Katrein 

O doce que está conquistando a praça

Já que Pelotas é a tradicional terra do doce, não poderia faltar na 40ª Feira do Livro os modernos cupcakes para adoçar o evento. Viviane Grill, uma das proprietária do Satolepcake, trouxe pra a edição cakes artesanais de vários sabores, inclusive um temático da Feira.

A Satolepcake foi criada há um ano em homenagem aos 199 anos de Pelotas. O site, onde toda semana era postado um sabor diferente com a temática pelotense, teria vida curta, mas seu sucesso foi tão grande que após o aniversário de Pelotas as encomendas continuaram, fato que fez Viviane largar seu emprego de secretária em uma clínica para se dedicar à culinária."Eu comecei fazendo cakes para as crianças em aniversários, não imaginava que ia fazer tanto sucesso", contou a proprietária.

Além dos sabores mais tradicionais, o estande também conta com o temático Laranjal e o Nereidas, que segundo ela, são os mais vendidos no site. Quem quiser encomendar, os pedidos devem ser feitos pelo e-mail satolepcakes@gmail.com, de segunda à sábado até as 10 horas da manhã. As entregas serão feitas no mesmo dia à tarde, pós 14 horas. Mais informações http://satolepcake.blogspot.com.br.


Texto: Pâmela Morales

A arte de escrever e musicar

Marquinho Brasil, Kiko Castro Neves e Solon Silva estarão amanhã, às 20h, na Tenda Cultural, para um bate-papo mediado por Felipe Pita, com o tema "A arte de escrever e musicar".

Os músicos estarão no palco contando sobre seus processos de composição, suas referências, inspirações e tocarão trechos de suas músicas.

Silêncio é um dos lançamentos para hoje

Hoje, às 18h, acontece o lançamento e sessão de autógrafos do livro Silêncio, de Afrânio Krüger.

Segundo Afrânio, todos os assuntos abordados no livro são produtos da existência humana. Vivências que, de uma maneira geral, são de difícil compreensão, por isso a tentativa do autor de apresentar os temas sob a perspectiva do silêncio. 

Sobre o autor:
Afrânio Alberto Tavares Krüger nasceu em Pedro Osório, interior do Rio Grande do Sul, em 1957.  É médico, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Gestão Empresarial e mestre em Saúde Pública Baseada em Evidências pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas.

Domingo é dia de ir na Feira do Livro

Confira a programação para hoje:

15h - Apresentações Diversas - E.E.F.M. Santa Mônica - Peça / Coral: Cinderela dos Pampas (Tenda Cultural)

16h - Apresentações Diversas - Queli Del Duca – Danças Urbanas (Tenda Cultural)
17h - Apresentações Diversas - CIA Informal de Artes Cênicas – Caça ao Tesouro (Tenda Cultural)

18h – Sessões de Autógrafos
Ruan Libardoni - Laranjais de Gelo
Fernando Camargo - O Malón de 1801: A Guerra das Laranjas e suas Implicações na América Meridional
Paulo César Possamai - Conquistar e Defender: Portugal, Países Baixos e Brasil
Ivani Lüdtke - Nunca desistir - Mas sempre recomeçar

19h30 – Show Musical – Lara Rossato (Palco Café Cultural)

20h – Literatura no Palco – Ruan Libardoni - Sarau Carnavalescença (Tenda Cultural)

Troféu homenageia figuras importantes para o evento

Fotos: Helena Schwonke

Criado com o objetivo de comemorar os 40 anos da Feira do Livro de Pelotas e homenagear figuras que foram importantes para o evento e para o desenvolvimento da cultura em Pelotas, o Troféu 40 anos foi entregue nesta noite de sábado para personalidades, empresas e instituições que marcaram a história e contribuíram ao sucesso das 40 edições da Feira do Livro.

Confira a lista dos homenageados:

Gilberto Rezende Duarte 

Livraria Mundial 

Patrono: André Macedo

Orador: Renato Varoto

Prefeitura de Pelotas

Secretaria de Cultura

Secretaria de Qualidade Ambiental

Secretaria de Educação e Desporto

Secretaria de Segurança, Transportes e Trânsito

Sanep

Brigada Militar

Diário Popular

Diário da Manhã

RBS

TV Pampa

Rádio Pelotense  

Rádio Federal FM

Rádio Universidade

UFPel

UCPel

Apoio especial: Panificadora Pane Mio

Programa completo para criançada nesta tarde

A criançada que passou pela Feira do Livro hoje não ficou parada.  Eles puderam participar de diversas atividades que foram programadas especialmente para o público infantil durante toda a tarde.

Às 15h, a Tenda Cultural João Simões Lopes Neto estava lotada para a Hora do Conto, com a equipe Vanguardinha. A história girava em torno de uma menina que se achava muito bonita e queria fazer uma cirurgia para ficar mais feia. A peça agradou e divertiu crianças e papais.


Mais tarde, às 16h, na Tenda da Prefeitura, a criatividade rolou solta com papel, canetinhas e lápis de cor, entre outras atividades artísticas programada para os pequenos.

Às 17h foi a vez de pegar uma almofada e viajar na história do Capitão Mariano, o Rei do Oceano, na Hora do Faz de Conta, um projeto do Lions Club em parceria com a Biblioteca Pública Pelotense.

Fotos: Helena Schwonke

Sábado repleto de atividades na Feira

15h - Apresentações Diversas – Equipe Vanguardinha – A Hora do Conto (Tenda Cultural)
16h - Apresentações Diversas –CAPS AD Pelotas – Oficina de Criação Literária (Tenda Cultural)

18h – Sessão de Autógrafos
Rubens Maciel Conedera - Carmela e Lorenzo
Luis Rubira - Sepé Tiaraju e a Guerra Guarnítica
Vagner Pacheco dos Santos – Caminhando através da história
Elizabeth Brisolara, José Luiz Brisolara Neto (in memorian), Marta, Estranha, Contos de José Luiz Brisolara Neto, Quatro Homens e Uma Mulher, O João Joca

19h30 – Show Musical – Flávio Vieira (Palco Café Cultural)

20h – Troféu 40 anos – Câmara Pelotense do Livro (Tenda Cultural)

21h – Show Musical – Sônia Porto (Palco Café Cultural)

O Patrono conta suas experiências e os livreiros elogiam seu trabalho

“Me sinto como Alice no País das Maravilhas, no bom sentido”. Foi essa a frase utilizada por André Macedo ao responder como ele se sente maravilhado em ser o Patrono da Feira do Livro deste ano. “Engraçado eu, que lia quadrinho escondido no armário porque diziam que emburrecia, ser hoje o Patrono da Feira do Livro”, reflete.

André contou que está gostando bastante da Feira, que os assuntos discutidos nos debates estão bastante voltados para literatura, e com convidados à altura do evento. “Venho todo dia, gosto de acompanhar. O assunto são os livros. Eu encontro vários amigos, as pessoas até param para me cumprimentar e me dão parabéns, me sinto maravilhado”, brincou Macedo ao receber parabéns por ser patrono durante a entrevista.

E o carinho com os livreiros é imenso, Macedo contou que conversa com cada um deles todos os dias,  procura ser bastante atencioso e saber como vão as coisas. “Não quero que ninguém fique chateado ou insatisfeito, se alguém estiver me avisem que eu pego no colo”, brincou o Patrono.

Mas os livreiros se mostraram muito satisfeitos com o anfitrião. “Ele é muito atencioso, sempre preocupado, conversa conosco todos os dias”, contou a Presidente da Câmera Pelotense do Livro, Isabel Zschomack. “Ele é tudo que nós precisamos”, completou o proprietário da Livraria Vanguarda, Gelso Lovatel.


Texto: Pâmela Morales

Grupo de Teatro encanta o público

Mais uma vez o grupo Cia Cem Caras de Teatro, do IFSul esteve no palco da Tenda Cultural para apresentar esquetes baseadas em contos do escritor pelotense João Simões Lopes Neto.
Como de costume, o público, composto por pessoas de todas as idades, gêneros e classes, se divertiu e se encantou com o espetáculo.
No final da apresentação, o grupo distribuiu folhas para a platéia, a fim de saber sobre as impressões de cada um que estava por lá.

Lucas passeia todos os dias pela Feira do Livro, mas estava assistindo ao espetáculo pela primeira vez e adorou.

"Me senti bem alegre, contente e feliz.
Eles estão de parabéns. Ótima apresentação que fizeram, um espetáculo nota dez esse do IFSul.
Achei lindíssimo".

Lucas, 16 anos, estudante do Cerenepe

Oficina literária aborda o tema poesia

"Deus, quando nós nascemos, nos dá uma caneta na mão e diz: Escreve a tua história, faz a tua poesia", foi com essa frase que o Prof. Carlos Eugênio da Silva começou a sua oficina de iniciação literária, agora pouco, na 40ª Feira do Livro de Pelotas.

Carlos iniciou falando do que se trata a poesia, ou seja, como fazer algo literário. Em seguida, explicou para o público o que era verso, estrofe e rima. E como cada linha do poema, e o conjunto dos versos juntamente com a combinação de sons formavam a poesia. O professor também trouxe grandes nomes como Lobo da Costa, Antônio Frederico de Castro Alves e Mario Quintana, como exemplo e incentivo para a garotada.

Depois de todo o aprendizado, Carlos colocou em prática seus ensinamentos e junto do público trabalhou na criação de um poema através de um tema pré determinado. Felicidade foi o tema escolhido por ser algo que todos poderiam falar. Através dele foram elaboradas, com a ajuda das pessoas, pequenas frases com três à quatro palavras, que foram montando cada estrofe e se ajustando as rimas.

Carlos terminou a oficina incentivando os mais novos poetas. "É fácil fazer poesia, a gente pode fazer, é só expressar sentimento e botar pra fora, escrever" disse o professor.

Texto: Pâmela Morales

Para ler antes de ler

Todos os dias, às 18h, a feira promove a tenda de autógrafos. Os leitores vão para, além de prestigiar, receber algumas palavras do autor, escritas nos seus próprios livros. As dedicatórias são uma forma de deixar cada exemplar único e especial, ainda que a história seja a mesma.

“Olho no rosto da pessoa e vejo o que vou escrever”, diz Isabel Torino, autora de Um leque mandarim do Museu da Baronesa. É a pessoa que vai receber a mensagem que conta, para o escritor Vilson Farias (Casos Emblemáticos da Atuação com Delegado de Polícia e Promotor de Justiça). “Procuro pessoalizar a dedicatória, se é amigo pessoal vou agradecer pelos anos de convivência, os do trabalho eu agradeço pela força”, explica.


O autor de Náufrago de um Mar Doce, Nauro Júnior, disse que “é sempre diferente, talvez porque seja o segundo livro, mas cada pessoa é diferente”. Nauro, que também escreveu A Noite que Não Acabou, acredita que mesmo que as tendas de autógrafos virem um costume, as dedicatórias não se tornarão algo mecânico. Prova disso é o leitor e amigo Paulo Isaias, que foi dar um abraço no escritor e receber sua mensagem. Ele carregava também uma sacola com um exemplar de 50 Tons de Cinza. “Personaliza. Eu vou ler os dois livros, mas ter a dedicatória no do Nauro dá outro significado, muito mais legal”.

Títulos, autores e histórias se repetem, mas os exemplares que passam pela tenda de autógrafos da Feira do Livro ganham uma nova forma de leitura depois que cada um tem a sua própria assinatura.

Texto: Luiza Katrein 

Programação para esta sexta

14h - Atividades Diversas - Secretaria Municipal de Educação e Desporto - Premiação das Olimpíadas da Língua Portuguesa  -  Lançamento do Livro : " Saberes e Práticas Pedagógicas" (Tenda da Prefeitura)
14h – 15h - Apresentações Escolares - E.E.E.F.Dr. Armando Fagundes – Teatro (Tenda Cultural)
16h - Apresentações Escolares - E.E.E.F.Dr. Armando Fagundes – Danças Urbanas (Tenda Cultural)
17h - Atividades Diversas - Prof.Carlos Eugênio C. Da Silva - Semeando Poesia - Oficina Básica de Iniciação Literária (Tenda Cultural)

18h – Sessões de Autógrafos
Cristina Medina da Fonseca Martins - Minha Vida em Poemas
Simone Portella Teixeira de Mello - Gestão Pública Contemporânea: temas para o debate
Josias Pereira e  Giovana Janhke - Produção de Vídeo nas Escolas: Educar pelo prazer
Lorena Almeida Gill, Beatriz Ana Loner  e  Mário Osório Magalhães (in memorian) - Dicionário de História de Pelotas
João Henrique Bordin - Educação, Disciplina e Liberdade
Maria Thereza Rosa Ribeiro - Controvérsias da questão social: liberalismo e positivismo na causa abolicionista no Brasil

19h30 – Show Musical – Hugo Miori (Palco Café Cultural)

20h – Literatura no Palco - Mário Magalhães - Entrevistador: Renato Della Vechia - Conversa sobre a Biografia de "Carlos Marighella" (Tenda Cultural)

21h – Show Musical – Choro Literário (Palco Café Cultural)

Jornalistas lançam obras sobre o real e o imaginário

Uma história de ficção fantástica, alicerçada em fatos reais e uma biografia prometem movimentar a sessão de autógrafos no final da tarde desta quinta-feira, na 40ª Feira do Livro de Pelotas. Em comum entre os autores, vida profissional dedicada ao jornalismo, o gaúcho Nauro Júnior lança Náufrago de um mar doce, e o carioca Mário Magalhães, Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo. O encontro com os autores é a partir das 18h, na praça Coronel Pedro Osório.

Em Náufrago de um mar doce o fotojornalista Nauro Júnior se inspira na história que um vizinho seu, o pescador Nico, contava sobre a vez que caiu do barco no meio da Lagoa dos Patos. Foi do sogro, Carlos Mazza, que a ouviu pela primeira vez e, desde então, o fotógrafo imaginou situação crítica quadro a quadro. “Mas cada vez que ele (o sogro) contava, a história ficava um pouco diferente”, lembra o autor.

História
O “causo” saiu do imaginário das histórias de Nauro Júnior para entrar no rol das histórias reais, quando descobriu que o personagem principal, praticamente o único, era seu vizinho, morador da Vila da Palha, no Areal fundos. Entre conversas com o pescador, o fotógrafo foi construindo a sua versão dos fatos, pensando, é claro, em um livro.

O fotógrafo Nauro Júnior (Foto Paulo Rossi) 

Neste domingo, lembra o autor, completam-se dois anos da morte do pescador. Depois do desaparecimento da figura principal do relato, entrou em cena o jornalista que buscou mais informações por meio de entrevistas. Mas apesar de ter essa base no real, o imaginário e a fantasia falam mais alto na obra, que leva até um tubarão para a lagoa.

E não é só isso. Enquanto conta a história de um homem tentando sobreviver ao infortúnio, Nauro Júnior confessa que mistura à trama lembranças e traumas próprios. “Eram problemas que só seriam resolvidos com psicanálise. O Nico me salvou de um divã.” Em seis capítulos, o autor dá uma vida complexa a esse personagem, alcoólatra e brigão.

Serviço
O quê: lançamento com sessão de autógrafos dos livros Náufrago de um mar doce, de Nauro Júnior, Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo, de Mário Magalhães
Quando: nesta quinta-feira (8/11/2012), às 18h
Onde: na 40ª Feira do Livro de Pelotas, na praça Coronel Pedro Osório
Onde encontrar: Náufrago de um mar doce está nas livrarias Mundial e Vanguarda, na Feira a R$ 26,50, e Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo, na livraria Vanguarda, a R$ 48,10, na Feira

Por: Ana Cláudia Dias
Fonte: http://www.diariopopular.com.br/site/content/zoom/detalhe.php?noticia=5531