Texto: Luiza Katrein e Pâmela Morales
Um músico, dois jornalistas. Um entrevista o outro, cada um em uma ponta da mesa.
A 40ª Feira do Livro de Pelotas recebeu na noite dessa quarta-feira (07), a segunda Caravana de Escritores, desta vez mediada por Márcio Ezequiel. O músico Thedy Corrêa e os jornalistas Cláudia Laitano e David Coimbra subiram ao palco da Tenda Cultural João Simões Lopes Neto para falar de um assunto que os une de uma forma diferente: o amor pela literatura.
Entre outros tópicos, eles falaram sobre os livros que mudaram suas vidas e o início de suas trajetórias como escritores. Cláudia contou que sempre gostou de escrever, e depois de ler o livro 'Zen e a Arte de Manutenção de motocicicletas', de Robert Pirsig, desistiu de cursar psicologia e decidiu fazer jornalismo. Para David, esta certeza já existia mais cedo. Ele falou que queria ser escritor mesmo antes de saber ler e escrever. “Minha vida toda é uma luta para escrever melhor”, disse. Já Thedy ainda não se considera um escritor. "Sou um letrista de música que algumas canções que não ganharam melodia, viraram poesia, e também um cara que escreveu uns textos em um blog que acabaram virando crônicas. Então eu sou uma farsa”, brincou.
Sobre a influência da mídia, os convidados falaram sobre o Café TVCOM, programa de televisão que participam, onde se discute livros, literatura e outros. Comentaram sobre a importância dele hoje, em que o espaço para assuntos como esse é cada vez mais escasso.
Segundo Cláudia, as pessoas vivem em um momento rico de acesso à informação, através de eventos como as feiras do livro, que se multiplicam cada vez mais, levando informação, cultura e literatura para as pessoas.
O vocalista da banda Nenhum de Nós admitiu ser um adepto das redes sociais. Thedy tem 40 mil seguidores no twitter e acredita que essa é uma das melhores formas de manter o contato com o público, contou inclusive que já debateu alguns textos com fãs. Já Coimbra disse que diminuiu suas aparições nos programas de televisão e rádio, porque o que gosta mesmo é de escrever, e essas participações sempre foram secundárias.
Com a Tenda Cultural João Simões Lopes Neto lotada, o bate-papo foi animado e descontraído.
No final, o clima da conversa poderia muito bem ter se estendido para um bar, acompanhado de uma cerveja bem gelada pra refrescar a noite.
Texto: Luiza Katrein e Pâmela Morales