“Olho no rosto da pessoa e vejo o que vou escrever”, diz Isabel Torino, autora de Um leque mandarim do Museu da Baronesa. É a pessoa que vai receber a mensagem que conta, para o escritor Vilson Farias (Casos Emblemáticos da Atuação com Delegado de Polícia e Promotor de Justiça). “Procuro pessoalizar a dedicatória, se é amigo pessoal vou agradecer pelos anos de convivência, os do trabalho eu agradeço pela força”, explica.
O autor de Náufrago de um Mar Doce, Nauro Júnior, disse que “é sempre diferente, talvez porque seja o segundo livro, mas cada pessoa é diferente”. Nauro, que também escreveu A Noite que Não Acabou, acredita que mesmo que as tendas de autógrafos virem um costume, as dedicatórias não se tornarão algo mecânico. Prova disso é o leitor e amigo Paulo Isaias, que foi dar um abraço no escritor e receber sua mensagem. Ele carregava também uma sacola com um exemplar de 50 Tons de Cinza. “Personaliza. Eu vou ler os dois livros, mas ter a dedicatória no do Nauro dá outro significado, muito mais legal”.
Texto: Luiza Katrein